Em dezembro de 2009, aconteceu no Rio de Janeiro o Anime Family e eu fui conferir. Antes de torcer o nariz, não pense que só adolescentes participam do evento. Pra começar os organizadores não são adolescentes. Não vou enganar adoro a cultura japonesa, mas fui com olhos profissionais. Observei o comportamento dos participantes, dos expositores, pontos em comum entre eles e percebi que é um grupo bem organizado e articulado. Este tipo de evento acontece em várias cidades do país e todos tem em comum o concurso Cosplay, onde desfilam personagens de mangá, quadrinhos tradicionais e games. E que culmina num evento chamado Anime Friends em São Paulo onde os ganhadores regionais disputam a final do concurso. Saiba o que é um cosplay, por Wellington França.
Nos stands eu via desde replicas em miniaturas de infinitos personagens até as fantasias e acessórios usados pelos heróis animados. Vi muita coisa que estava longe de ser “made in china”. Roupas muito bem acabadas dos fabricantes oficiais de cada Anime. Mas também vi muita coisa amadora feita pelos próprios cosplayers. Falta de conhecimento técnico não de criatividade.
As roupas desse público: não consegui identificar quase nenhuma etiqueta, exceção nos acessórios. Mas os looks são composições de peças que não se vê em qualquer esquina. O corte, os tecidos é tudo feito certamente por uma costureira do bairro que dá asas a criatividade de quem veste.
Aqui no Rio não conheço nada do gênero, mais uma opção de negócio. Mas tem que se identificar e entender esse mundo Anime, senão é melhor nem tentar. Trata-se de um público criativo, descolado e com informação de moda, que adora um clique e que sabe identificar um autêntico cosplayers e dar crédito a ele. Lá a criatividade e atitude e quem dão status. Não as etiquetas.
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